quinta-feira, maio 29, 2014

DEZ motivos para ACERTAR

Eu que uma das minhas primeiras paixões foi o DES-enho, nunca gostei das palavras que DES-lizavam sílabas abaixo sendo iniciadas pelas letras “DES”.

Até então tudo que começava em” DES” pra mim tinha som de ausência, dureza de erro e frieza de vazio. Aquele momento perdido de ter que DES-fazer pra RE-fazer, perder o tempo novo com o feito antigo.

Eu vivo dando defeito, um feito que não está certo. Até parece que eu sei o que quero até ter que subir a escada que me leva a sala de estar de um lugar. Estar onde a atitude espera o discurso da coragem.

Eu queria que a GRAÇA nunca desse as mãos para o tal “DES”.
Que o que fosse feito, não desse defeito pra ser DES-feito.
Que o TINO fosse o apelido de amigo chegado e não aquele parente distante que a gente fica tropeçando quando estamos escrevendo nossa estória, aquele tal de DES-tino.
Que fossemos sempre “a CARTA da vez” e nunca DES-cartável.

Que quando a gente ao se misturar com o que  se vê, com o que se fez , não precisasse achar a CULPA pra não ter que consertar um ERRO. Que os ACERTOS fossem automático.
Quando fosse DES-necessário ouvir DES-aforos, necessário fosse se forrar num abraço.

Mas confesso que o “DES” me trouxe a coragem de me olhar de peito aberto e com um coração repleto de algo novo olhar pra trás e encontrar  DEZ motivos novos de continuar quando se aprendeu a pedir DESCULPAS.

Já dizia a Rosa do poeta Guimarães:
"De sofrer e de amar, a gente não se DES-faz."

Assim eu sigo cantando, feito o fogo dos cabelos dela:
"sem CULPA nenhuma"

ª.js



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