Eu que uma das minhas primeiras paixões foi o DES-enho, nunca
gostei das palavras que DES-lizavam sílabas abaixo sendo iniciadas pelas letras
“DES”.
Até então tudo que começava em” DES” pra mim tinha som de ausência,
dureza de erro e frieza de vazio. Aquele momento perdido de ter que DES-fazer
pra RE-fazer, perder o tempo novo com o feito antigo.
Eu vivo dando defeito, um feito que não está certo. Até
parece que eu sei o que quero até ter que subir a escada que me leva a sala de
estar de um lugar. Estar onde a atitude espera o discurso da coragem.
Eu queria que a GRAÇA nunca desse as mãos para o tal “DES”.
Que o que fosse feito, não desse defeito pra ser DES-feito.
Que o TINO fosse o apelido de amigo chegado e não aquele
parente distante que a gente fica tropeçando quando estamos escrevendo nossa
estória, aquele tal de DES-tino.
Que fossemos sempre “a CARTA da vez” e nunca DES-cartável.
Que quando a gente ao se misturar com o que se vê, com o que se fez , não precisasse achar
a CULPA pra não ter que consertar um ERRO. Que os ACERTOS fossem automático.
Quando fosse DES-necessário ouvir DES-aforos, necessário fosse se forrar num abraço.
Quando fosse DES-necessário ouvir DES-aforos, necessário fosse se forrar num abraço.
Mas confesso que o “DES” me trouxe a coragem de me olhar de peito
aberto e com um coração repleto de algo novo olhar pra trás e encontrar DEZ motivos novos de continuar quando se
aprendeu a pedir DESCULPAS.
Já dizia a Rosa do poeta Guimarães:
"De sofrer e de amar, a gente não se DES-faz."
Assim eu sigo cantando, feito o fogo dos cabelos dela:
"sem CULPA nenhuma"
Assim eu sigo cantando, feito o fogo dos cabelos dela:
"sem CULPA nenhuma"
ª.js
Lindo!!! Simplesmente lindo...
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